terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Pensando...


Geralmente tudo o que acontece na minha vida não possui explicações óbvias. Nesses tempos não é diferente. Começo o ano fervilhando de idéias e vontades que vem e vão. Algumas são podadas desde o começo por coisas externas que não posso controlar de maneira nenhuma. Se me entender já tá difícil, imagina tentar entender o mundo? Deixa queto e vâmo que vâmo.

Poisim, estava eu começando a ler "A menina que roubava livros" e já nas primeiras linhas me identifico com o livro: se passa na Alemanha, minha amada e desejada, justamente na época nazista, que tanto me fascina. A cada linha meu coração pula, com as citações em alemão e referências históricas às características do país. A neve, que eu tanto sonhei em ver quando fui pra lá ano passado e que teimou em aparacer apenas uma única vez, bem no primeiro dia de 2008. Mágico, inexplicável, inesquecível... Que vontade louca de estar lá agora!

Daí vem a saudade do que gira em torno desse tema: mamãe. Vai batendo aquele incomodozinho suave e constante que passa a me acompanhar pelos dias, algo involuntário, como respirar. Vontade de ter por perto, de abraçar, de sentir o cheiro de mãe, o calor, o conforto e tudo mais que só ela pode me dar. Sensível, é como estou (nem venham me chamar de EMO!).

Começo a pensar no que quero pra minha vida e o que tô fazendo aqui (?). As vezes dá vontade de jogar tudo pro alto e ir embora pra lá. Estudar, trampar, conhecer pessoas. Muita gente me pergunta porque ainda não fui. "Quero terminar minha faculdade", respondo. Mas, será que é isso mesmo? Tem que ser assim? A ordem dos fatores, nesse caso, vai alterar o produto? E São Paulo, meu objeto de desejo, não seria uma boa?

Precisando mudar. Tô me cansando muito fácil de tudo. Me desprender de coisas, pessoas e seguir meu rumo. Acho que nasci pra isso: pra ser livre. Tanto que as vezes sumo dos amigos, mesmo estando perto, pra eles irem acostumando com a vida nômade que eu tenho desde algum tempo e que pretendo seguir. Acho que esse jeito de levar a vida é o que me faz feliz. Não posso (ou não me permito) me apegar muito às pessoas. Medo? Sempre. Mas é minha proteção. Não sei pra onde vou nem quanto tempo tenho, só sei que quero o mundo, sem destino, sem obstáculos, mas sempre voltando pras pessoas que amo. É essencial...

Cabeça à mil, pensando em desejos e sonhos que não dependem de mim pra se realizar.


Vontade louca de viver!!



P.S.: Pra distrair minha vidinha de solteira, mais um post massa do Diário de Solteiro. Confiram, vale a pena!


**Foto no Flickr

9 comentários:

Anônimo disse...

A Menina Que Roubava Livros é muito bom! Mas não me tocou, não me inspirou, sabe? É difícil de explicar..rsrs..Mas é bem triste!
Bjs!!
=1

Viviane Zion disse...

Ai rafa! Como são as coisas... Tem gente que nasce com a eternidade latente, pulsando nas veias...

Um dia, um país, uma cidade são
insuficientes pra saciar essa fome e sede internas...

Tem uma música do Djavan que diz assim: "nem q eu bebesse o mar encheria o que eu tenho de fundo".

É mais ou menos assim que eu me sinto. Eu vejo as pessoas apegadas a coisas, a outras pessoas, limitadas, acorrentadas e não consigo me conformar com. "Eu quero sempre mais. Eu espero sempre mais..."

Nem sei se fui clara...
Mas é isso aí.

Bjo. :)

Raffs disse...

claríssima como água cristalina, minha cara...
como diria Lulu Santos: "complicação tão fácil de entender"

xD

Anônimo disse...

Hihihihi,

Diferença é o que nos faz. Como viver sem apego? Como viver sem ninguém (ou com "alguéns voláteis")?

Ai ai. Vós sois assim? Mas, enfim...

Não concordo em nada.

Que coisa estranha. hauhauahua

Mas acredito que tens solução. hihihihihi

Seja feliz!

Raffs disse...

alguéins voláteis é só o que encontro na minha vida..
tive que aprender a ser assim...

=T

se é bom ou ruim, não sei!

osvjor disse...

acho q vc deveria voltar correndinho pra Alemanha... se é pra sentir saudade ou falta de alguma coisa que seja daqui estando lá e não de lá estando aqui... a vida lá é muito boa, aqui na Precarialândia temos que esganar um rinoceronte a cada dia.

osvjor disse...

a frase (citada por aquele ator que fez o Canibal) que vou gravar no mármore da memória (mas acho que não faria feio numa lápide): "Hoje é o amanhã que ontem tanto me atormentava"

Viviane Zion disse...

alemanha??? não tão longe... principalmente no inverno e com a rússia cortando o fornecimento de gás...

mas veja bem, as coisas que mais procuramos geralmente estão guardadas bem dentro da gente.

difícil é compreender como as pessoas DEPENDEM umas das outras para sobreviver (e/ ou ser "feliz"), como quem depende de qualquer substância ilícita...

a coletividade é benefica e indiscutivelmente necessária mas não tem uma finalidade em si mesma.

"voláteis" são os conceitos de quem mal consegue definir a si mesmo ou aos próprios sentimentos.

apego-me às pessoas o suficiente para que as faça feliz (ou não) e não morra caso elas não estejam mais por perto.

e no mais, como comentei certa feita aqui neste blog, "de alma pra alma" a gente se entende, né rafa?

:P

Raffs disse...

xD

concerteza querida Zion...
a gente realmente se entende!!

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